Mulher segurando basta com vários documentos para ação judicial contra negativa de plano de saúde

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA AÇÃO CONTRA O PLANO DE SAÚDE

Quando o plano de saúde nega um exame, cirurgia, medicamento ou qualquer outro procedimento essencial à saúde, o paciente não está de mãos atadas. A legislação brasileira protege o consumidor em situações de negativa abusiva e permite o ingresso de ação judicial com o objetivo de garantir o acesso à saúde.

Mas para isso, é fundamental apresentar os documentos corretos que comprovem a necessidade do tratamento e a conduta abusiva do plano. Neste artigo, vamos listar todos os documentos que você precisa reunir para mover uma ação judicial contra um plano de saúde, com base na legislação vigente e nas diretrizes atualizadas da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). (Tempo de leitura: 7 minutos)


Documentos essenciais para a ação judicial

1. Cartão do plano de saúde ou contrato de adesão

O documento que comprove o vínculo entre você e a operadora é essencial. Pode ser a carteirinha do plano ou o contrato firmado com a operadora.

  • Serve para comprovar que você é beneficiário e está com o plano ativo.
  • Pode ser exigido pelo juízo para verificar a vigência do plano. (Leia também).

2. Negativa de cobertura (por escrito)

De acordo com a Resolução Normativa nº 395/2016 da ANS, o plano de saúde é obrigado a fornecer a negativa de cobertura por escrito, em até 24 horas, contendo a justificativa técnica e a fundamentação legal ou contratual para a recusa.

  • A negativa escrita é um dos documentos mais importantes para a ação judicial.
  • Caso a negativa seja apenas verbal, registre o protocolo da ligação e solicite a negativa por e-mail ou outro canal formal.
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3. Relatório médico detalhado e técnico

O relatório médico é a base da prova da necessidade clínica. Para ser eficaz em uma ação judicial, ele deve ser elaborado de forma técnica, completa e clara. Deve conter:

  • Diagnóstico clínico com a respectiva CID (Classificação Internacional de Doenças);
  • Descrição do quadro clínico atual do paciente;
  • Justificativa fundamentada para o tratamento proposto;
  • Indicação precisa do procedimento, exame ou medicamento necessário;
  • Declaração expressa sobre a urgência ou risco de agravamento sem o tratamento;
  • Histórico de tratamentos anteriores (caso existam) e resposta insuficiente a outros métodos terapêuticos;
  • Menção, se possível, a diretrizes clínicas reconhecidas ou artigos científicos que respaldem a conduta;
  • Informações sobre a duração esperada do tratamento e a frequência indicada;
  • Assinatura, nome completo, CRM e especialidade do médico responsável.

Esse documento tem peso essencial para fundamentar um pedido de liminar e demonstrar a urgência da demanda judicial.

4. Exames e laudos que comprovam o estado de saúde

  • Podem ser exames laboratoriais, laudos de imagem, prontuários ou atestados.
  • Servem para reforçar a gravidade da condição e a necessidade de tratamento urgente.

5. Comprovantes de pagamento (em casos de reembolso)

Se você precisou pagar pelo procedimento negado e deseja ser reembolsado, será necessário apresentar:

  • Notas fiscais ou recibos;
  • Comprovantes de pagamento (PIX, transferência ou boleto);
  • Prova de que o tratamento foi realizado ou a medicação foi adquirida.

Esses documentos permitem ao juiz avaliar o valor da causa e eventual indenização por danos materiais.

6. Comprovante de dependência (em casos de filhos ou pais)

Se a ação for movida em nome de terceiros (filhos, pais ou curatelados), é importante apresentar:

  • Certidão de nascimento (filhos);
  • Documento de identidade e prova de dependência no plano;
  • Procuração, se necessário.

Documentos complementares recomendados

  • Comprovante de endereço atual (em nome do autor da ação);
  • Cópia do RG e CPF (ou CNH);
  • Prints de conversas com o plano (WhatsApp, e-mails);
  • Protocolo de ligações ou número de atendimento na central.

Esses documentos não são obrigatórios, mas ajudam a reforçar a narrativa e demonstrar tentativa de resolução extrajudicial.


Mulher segurando basta com vários documentos para ação judicial contra negativa de plano de saúde

Posso entrar com ação sem advogado?

Em causas de até 20 salários mínimos, é possível entrar com ação no Juizado Especial Cível sem advogado. Contudo, quando a causa envolve urgência, tratamento de saúde, pedido de liminar ou valores maiores, o ideal é contar com um advogado especializado em Direito da Saúde.

Além disso, muitos juízes exigem petições bem fundamentadas para deferir liminares, o que é mais eficaz com suporte jurídico.

A negativa de cobertura por planos de saúde é uma realidade frequente e, muitas vezes, ilegal. Mas com os documentos certos em mãos, você pode entrar com uma ação judicial eficaz, garantindo o acesso ao tratamento de forma ágil.

Na maioria dos casos, é possível obter uma liminar em 48 horas, assegurando que a operadora autorize o procedimento ou medicamento urgente.


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Referências

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